domingo, 12 de agosto de 2012

Algarve: turistas queixam-se de barulho causado por discoteca


Vários turistas queixaram-se esta madrugada do ruído provocado pela discoteca Bliss, em Vilamoura, Algarve. A Câmara Municipal de Loulé já está a acompanhar queixa, para que seja cumprida lei de ruído, avança a Lusa.

«É horrível. Até se ouve as pessoas a gritar», disse Bruno Cipriano, um turista com casa na Aldeia das Açoteias, situada cerca de cinco quilómetros «em linha recta» da discoteca, que o barulho não o deixa dormir.

A discoteca é situada ao ar livre, no Hipódromo de Vilamoura. Segundo Bruno, já vários turistas e até alguns hotéis apresentaram queixa na Câmara Municipal.

No âmbito da queixa, na madrugada de ontem, uma técnica da Divisão de Ambiente foi até ao local fazer testes para medir o nível de ruído produzido pela Bliss.

Com a queixa, o ruído baixou, mas o queixoso garante que voltou a aumentar quando a técnica abandonou o local.

Outro queixoso foi o proprietário da Quinta do Mel, um espaço de turismo rural situado a 1,5 quilómetros em linha recta do espaço nocturno, que confessa também ouvir bem o barulho e que «começa lá para as 03:00h.»

Apesar de nenhum dos seus hóspedes ter apresentado queixa, Luis Silva assegura que terá que «tomar medidas».

«Tive apenas uns suíços que me perguntaram como é que é possível a discoteca estar aberta¿, disse.

O presidente da Câmara de Loulé, Seruca Emídio, disse à Lusa que é possível saber-se se o som foi ou não aumentado depois de a técnica sair, uma vez que os níveis de decibéis ficam registados.

«O que compete à câmara é fazer com que a legislação seja cumprida escrupulosamente, tanto na licença de ocupação como na lei do ruído», sublinhou.

Seruca Emídio acrescentou ainda que é difícil conciliar a vontade de diversão de alguns, com a vontade de descanso de outros.

O autarca diz-se estar «atento» e que irá acompanhar a situação para que «a lei seja cumprida».

Esta não é a uma situação isolada, e não é a primeira vez que a discoteca Bliss é alvo de queixas.

Já em Agosto, a Associação de Discotecas do Sul e Algarve apresentou uma providência cautelar à discoteca, questionando a legalidade do licenciamento da câmara. Na altura, o município afirmou que o espaço é legal.

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